Isso porque há 335 anos chegava a região o bandeirante Domingos de Britto Peixoto, fundador do município. E na mesma data, há 172 anos, Laguna virava a sede da República Juliana, proclamada pelo comandante farroupilha David Canabarro, com apoio do italiano Giuseppe Garibaldi.
Domingos de Brito Peixoto chegou a Laguna, então um povoamento indígena, com ordens da coroa portuguesa para expandir a fronteira do Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 e que definia o atual município como o limite das terras portuguesas na América. Com a formação da Vila de Santo Antônio dos Anjos da Laguna, outros vicentistas passaram a desbravar o território do atual Rio Grande do Sul.
Em 1714, Laguna é elevada à cidade, sendo a segunda mais antiga do Estado. A primeira é São Francisco do Sul. A partir de 1749 começaram a chegar as famílias vindas do Arquipélago dos Açores, com objetivo de colonizar a região. Antes delas o povoamento era feito com famílias de portugueses do continente e com filhos de portugueses, nascidos na capitania de São Vicente, hoje São Paulo.
Já o outro 29 de julho histórico para Laguna, o de 1839, marca o início da efêmera república. Com ajuda de Giuseppe Garibaldi, os farroupilhas tomaram a cidade, antes ocupada por tropas do Império Brasileiro. Para manter a economia era necessário enviar os produtos (charque, couro e outros) de navio. Como os portos do RS estavam ocupados pelos imperiais, a saída mais próxima para o mar era Laguna.
A experiência republicana durou pouco tempo. Em novembro daquele mesmo ano os farroupilhas deixaram Laguna, já que não havia reforço das tropas, muito menos dinheiro para manter uma república. Além disso, uma desastrosa tentativa de saquear Imaruí colocou a população contra os farroupilhas. Neste episódio em Laguna, Garibaldi conheceu Ana Maria de Jesus Ribeiro, que mais tarde seria conhecida como Anita Garilbadi, a Heroína de Dois Mundos.
Parabéns Laguna, pelos seus 335 anos!
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